Chapter 11: Capítulo 10
Chapter 11: Capítulo 10
Duas semanas depois..
Essas duas semanas passaram voando e foram até que boas. Sai algumas vezes com Caio, nada
sério, só estávamos nos conhecendo um pouco melhor e teve um dia que ele até me buscou na
escola e me levou para almoçar.
Tudo no sigilo, óbvio, se Gabriel sonhasse com isso eu estava morta.
Hoje era o dia da viagem e eu não podia estar mais ansiosa. Tinha feito as malas umas três vezes na
noite passada e os motivos foram meu irmão enchendo meu saco dizendo que era muita bolsa. Nós
íamos sair lá da casa de Alex, iríamos em apenas dois carros então provavelmente um deles iriam
passar aqui para buscar eu e a dondoca que não gostava de dirigir, Gabriel.
O mesmo apareceu com duas mochilas na sala e as colocou no sofá, ele estava vestindo uma
bermuda jeans branca e uma blusa da Nike cinza.
Lindo igual a irmã aqui.
— Só vai levar isso? — olhei incrédula.
Quando dizem que homens são mais objetivos que as mulheres, não é brincadeira.
— Isso são bolsas de uma pessoa normal indo viajar — roubou uma batata do meu prato e eu bufei.
Não era porque eu estava levando duas malas de rodas e uma bolsa pequena pra passar uma
semana que eu não era normal.
Eu era uma pessoa prevenida, é diferente.
Depois de almoçar lavei meu prato e fui escovar meu dentes. Sentei no sofá esperando algum dos
meninos chegarem para nos buscar, tentei convencer Gabriel pra ir com o carro dele mas foi em vão,
esse garoto era muito preguiçoso. Enquanto esperava fiquei conversando com o pessoal do colégio no
grupo.
Mensagem on:
Gusta
Pré carnaval hoje em
Lya Vaca
Já to até la
Pedro
Tô mais confirmado que o trio elétrico
Eu
aaaa queria passar com vocês
Lya Vaca
Você vai passar no paraíso amiga, para de graça
Eu
Sim, em Angra
Lya Vaca
Não, com os amigos do seu irmão
Eu
Se manca
Lya Vaca
E ele também né, aquela gracinha rsrs
Natália
O inferno não é nada comparado ao fogo no rabo de Lya
Pedro
Capeta tá puto com ela
Gusta
KKKKKKKKK
Eu
hhhahaha
Lya Vaca
Tá repreendido no nome de vocês ok
Eu
Sai dessa
off.
Dava altas gargalhadas com eles e estava com o coração pequenininho só de saber que esse ano não
iriamos passar o carnaval juntos e o do ano passado poderia ter sido o nosso último. Uma hora depois
alguém ligou para Gabriel e ele falou para eu pegar as minhas coisas para descermos.
— Da pra você me ajudar? — sai toda atrapalhada com as bolsas e ele não estava nem ai.
— Você que quer levar a casa toda e eu que tenho que levar suas tralhas? — colocou a mão na
cintura.
— Uma pelo menos Gabriel, só tenho duas mãos — bufou pegou a mala de rodinha.
Ele trancou a porta e nós entramos no elevador, quase que não coube a gente, as bolsas estavam
ocupando o espaço que já não tinha direito. Passei pela portaria e cumprimentei o porteiro com um
sorriso que se desfez na hora que vi quem estava esperando.
Era uma pegadinha?
Não fazia a mínima ideia de que ele iria.
— Rumo a Angra — Gabriel passou do meu lado com as malas todo sorridente.
Que raiva.
Diego estava vestido numa bermuda moletom cinza, uma regata com capuz branca que tinha uns
riscos e estava com um boné rosa claro na cabeça. Ele abriu a mala para Gabriel e eu fui atrás para
colocar as minhas, a primeira coisa que iria fazer quando chegasse em Alex era mudar de carro. O
idiota ficou me olhando colocar as malas pesada e não ofereceu uma ajuda, como eu detestava esse
garoto.
Antes de entrarmos no carro Diego me fez pedir desculpas para o carro dele e eu só conseguia pensar
em enforca-lo. Ficava impressionada como ele conseguia ser tão tosco sem esforço nenhum.
— Severina agradece — piscou.
— Já falei o quanto vocês são cansativos? — Gabriel disse entrando e colocando o cinto.
Eu iria essa viajem toda com fone de ouvidos para não me estressar, era óbvio.
Partimos para casa de Alex, onde eu imaginava que Caio e Victor estivessem esperando pela gente.
Chegamos por volta das duas e vinte e os mesmos estavam colocando as bolsas na mala do carro de
Alex, saímos do carro e fomos falar e ajudar eles. Os meninos estavam levando um monte de coisa,
nem parecia que iriamos nos hospedar em um hotel e sim que tínhamos alugado uma casa.
Antes de sairmos peguei minha bolsa no carro de Diego e ia entrar no carro do Alex quando Victor me
barrou. Fiquei sem entender nada, o que ele estava fazendo ?
— Onde tu pensa que vai? — riu.
— Eu vou com vocês — rolei os olhos — Não está óbvio?
Parecia que eu era uma palhaça, ele começou a rir e eu não estava entendendo porra nenhuma. Eu
me recusava a pensar no que eu estava achando que iria acontecer e decidi esperar a reposta.
Se fosse o que eu estava pensando, alguém iria ser morto nessa viagem.
— É lá que tu vai, loirinha — apontou para o carro de Diego.
Eu não estava acreditando nisso, eles faziam de sacanagem porque não era possível. Eu deveria ter
tacada pedra na cruz, não tinha outra alternativa.
— Forças, ícone — Gabriel deu dois tapinhas nas minhas costas.
Entrei no carro de Diego com sangue nos olhos e cuspindo fogo, vou passar horas num carro com um
garoto que eu detesto.
Viagem você prometeu. Demoraram mais quinze minutos arrumando as coisas, quando Alex trancou a
casa eles entraram no carro para partimos.
Que comece a tortura.
— Seu amigo caio não veio mas aposto que ele te mandou um beijo por pensamentos — entrou no
carro rindo.
— Se você não quiser que eu te jogue do carro e seu corpo pare no meio da estrada é melhor me
deixar quieta — coloquei o cinto.
— Que medo, ui — ligou o carro.
— Finge que eu não existo, por favor — conectei o fone no celular.
— Mais? — fez uma cara de deboche.
— Fala isso como se algum dia tivesse tentado — dei meio sorriso.
Coloquei meu fone e estava tocando Falling - Trevor Daniel. Então partimos, em um carro foram Alex,
Victor e Gabriel e no outro, infelizmente, eu e Diego. Seriam sete horas de viagem, possivelmente iria
chegar com minha bunda quadrada mas pelo menos iria estar com a bunda quadrada em Angra,
então estava tudo certo. Vi Diego ligar o som mas não escutava nada porque a música estava no
último volume já que minha viagem só seria tranquila só desse jeito e minhas músicas eram bem
melhor que as dele então não me importei em tirar para ver qual era.
Antes de pegarmos de fato a estrada eles pararam no posto para abastecer., aproveitei pra esticar as
pernas já que seriam sete horinhas com o rabo sentado.
Angra não me decepcione.